Sunday, May 04, 2008

Say what?

It's come to my attention that I'm quoted on a number of foreign websites.

"Je préfère La dramaturgie d'Yves Lavandier à Story de Robert McKee, probablement le seul autre livre de même envergure." - Charles Deemer


Pode falar, Charles Deemer:

"Um dos segredos sombrios da profissão de escritor é este: quase não há uma classe média. A maioria dos escritores profissionais [...] não consegue ganhar o suficiente para viver, escrevendo."


Pode responder, Charles Deemer (roteirista norte-americano):

"Numa cultura que glamouriza a violência tanto quanto a nossa o faz, eventos violentos como os assassinatos de hoje na escola só são surpreendentes por seu momento de ocorrência e por sua magnitude. O que mais além da violência podemos esperar de uma cultura violenta?"

My one-act hyperdrama also is reviewed, or analyzed, or condemned, or something:

The Last Song of Violeta Parra

Este segundo exemplo, The Last Song of Violeta Parra6 (www.ibiblio.org/cdeemer/chile-m.html ) é, sem dúvida, o que podemos definir como hiperdrama.

Escrita por Charles Deemer em 1996, esta peça possui unicamente um acto. Todas as mudanças cénicas são feitas sempre que uma personagem sai (ou entra) de uma divisão. A história é simples, sendo no entanto complexa a forma como é apresentada.

Mais uma vez, o protagonista é o espaço. Todas as personagens têm a mesma importância para o desenrolar da trama; o mais importante é o espaço onde estão colocadas e a sua ligação a este.

A particularidade mais importante do texto está na forma como os links são feitos; cada vez que uma personagem muda de sala abre-se um novo link; assim as personagens circulam de uma divisão para outra sem que isso faça com que a acção inicial seja interrompida. A personagem ou se junta a outras que já estão no espaço ou inicia uma nova acção, enquanto na divisão deixada outras personagem continuam a circular. Assim, o que temos são várias acções que decorrem em simultâneo em diferentes espaços.

Apesar de existir um inicio definido na peça (Living Room I), o percurso pode começar por qualquer das 7 divisões da casa ou por qualquer das 8 personagens ou até mesmo por uma indicação de tempo. As acções são cronometradas pelo que aparentam ser segundos. Assim as opções do desenrolar da história multiplicam-se, podendo até mesmo mostrar ou esconder acções e personagens; tudo depende do caminho que se escolhe para chegar ao destino comum (seja qual for a escolha o local de destino é sempre o mesmo).

Segundo Charles Deemer , o hipertexto é a forma ideal de "mostrar a vida como ela é", ou seja, se Allesattor XPTO se destaca pela sua componente pós-humana de diálogos poéticos, The Last Song tenta encontrar uma "well made mimesis" até mesmo no tempo de acção em que a peça decorre (sendo 3 a 5 vezes mais longo que uma peça tradicional, equivalente ao tempo real da história). O que temos é a junção do "demasiado realista" a um meio que vive da ficção e da artificialidade.



I did catch "Robert McKee" in the first quotation above. I don't recall reviewing his book, which I'm actually no fan of. I hope it's not some out-of-context praise ha ha. I think his book, like the software program Dramatica, makes story analysis more complex than it needs to be for the working writer. But both have legions of fans.

2 comments:

Anonymous said...

The French actually says you prefer Yves Lavandier to Robert McKee, so no misplaced praise there.

Charles Deemer said...

Yes, indeed I do! Lavandier's book WRITING DRAMA is extraordinary. Thanks for the translation.